Resenha "My Mad Fat Diary"



Como todo mundo, preciso de motivos pra começar uma série. Um deles é se algum amigo me indicou, então por isso acabo ficando mais nas "séries famosas". Bem, por isso e pelo motivo de estarem menos propensas a cancelamentos, que convenhamos, doem na alma de qualquer fã. Mas às vezes, leitores, temos que remar contra a maré! E isso acontece quando encontramos pérolas preciosas como MY MAD FAT DIARY.


"Situada na década de 1990, a história retrata a vida de Rae, uma jovem obesa de 16 anos que vive em Lincolnshire com sua mãe. Recém saída de um hospital psiquiátrico, ela se vê em um mundo no qual não se sente à vontade. Logo reata sua amizade com Chloe, amiga de infância que não sabia onde Rae estava. Ela a apresenta para seus amigos, que acolhem Rae à sua maneira. Rae tenta levar uma vida normal tentando novas experiências como adolescente, mas escondendo seu passado e seus amigos do hospital de todos."

Ai, mas que sinopse sem graça! Se eu ficasse aqui me baseando na sinopse acho que ninguém assistiria essa série maravilhosa que de fato é sobre uma adolescente obesa e depressiva, que sai do hospital mais sozinha do que entrou. O primeiro episódio não fica escondendo de você que a Rae é uma menina problemática, muito pelo contrário, você fica chocado e até se sente mal por ela. A mãe da garota não tem a mínima noção de nada e às vezes dificulta a recuperação da filha, mas não tem como não simpatizar com a mulher, porque apesar de tudo ela é humana e comete erros. Essa é a graça da série! Não existem vilões ou mocinhos. 




Não procure esteriótipos em My Mad Fat Diary. Nos são apresentados "dois lados da Rae": a garota que começa a andar com o grupo da Chloe, ex melhor amiga dela, que mente pra ser popular e a Rae que faz tratamento psicológico e tem amigos do hospital, bem problemáticos mesmo. Esses dois núcleos complementam um ao outro porque por mais que a Rae tente manter a verdade sobre o passado dela distante, não é fácil numa cidade pequena como Linconshire. A série leva a fundo mesmo o fato de ser uma pessoa real, com problemas reais, nada de adolescentes estúpidos e mimados como estamos acostumados a ver por aí. Os amigos da Chloe (que passam a ser amigos da Rae também) que deveriam ser perfeitos, na verdade são gente como a gente e cometem um monte de erros e tem neuras como todo mundo. Chloe seria a típica patricinha dos anos 90, mas você se pega gostando mesmo da amizade dela com a Rae, apesar das duas vacilarem muito uma com a outra! O palhaço da turma, aquele típico fulano que faz piadas de mal gosto e enche a cara nas festas, na verdade é o amigo mais leal e até a Tix, amiga da Rae que ainda está internada por anorexia e transtornos psicológicos, tem seu lado girlie que sonha em ter suas primeiras experiências na vida.


Falando de experiências, vamos combinar que A SÉRIE É MUITO ENGRAÇADA. A sinopse deixa um clima pesado no ar, mas a coisa tem a leveza da vida: tudo acontece naturalmente. Os problemas vão e vem todos os dias, até quando pensamos que é o fim! Gente, a Rae é a narradora da série e ela narra de um jeito tão sincero e desesperado que é impossível não rir. Ela quer ter amigos, namorar, quer ser alguém que as pessoas gostem. Quem é que não quer, né? Ela é uma protagonista atípica e cativante! Isso não significa que ela não cometa erros, ela comete o tempo todo! 

Enfim, se você está procurando uma série com situações cômicas e que mistura o drama e a comédia sem deixar um gosto amargo na sua boca, essa é a minha aposta! 


Atenção para:
  •  A trilha sonora da série! Não é de hoje que eu amo essas séries old vibes do tipo The Carrie Diaries que vem com umas músicas que eu só consigo pensar "Como nunca ouvi antes?!!". Anos 90, queridos, melhores músicas ever! E a Rae é louca por música, então prepare-se pra ouvir as melhores da época!              
  •  The Gang! O que dizer dos melhores amigos forever? Já disse e repito: você vai se apaixonar pela gangue <3 As melhores pessoas! Se conhecerem pessoas como eles, por favor, me mandem o telefone porque por enquanto só consigo querer viver nos anos 90.